
É como se eu nunca estivesse saído desse mundo...
Eu vou contar...
Eu já tive uma casa assim.
Há 4 anos...
Onde eu estava todos os dias, em todos os lugares, pequenas vezes.
Algumas vezes recebia muitas, muitas visitas no dia.
Era divertido. Demais!
Meu nome era Green Girl - por vários motivos: porque sou verde de natureza, tenho uma plantação de cebolinhas na cabeça e porque não amadureci o suficiente para despencar do pé! Afff!
Mas um dia, depois de me divertir muito - conhecer pessoas maravilhosas, inteligentes, divertidas....eu resolvi que era hora de me mudar.
Aquele mundo que eu vivia todos os dias como a Garota Verde, não era mais para mim.
Era uma carta de despedida:
"Não consigo aguentar. Queria ter os braços bem grandes para poder abraçar e acabar com toda a dor dessas pessoas tão queridas. O que eu poderia ter feito? Nada...Talvez. Só o que sei nesse momento, é que a minha dor precisa ser contida para que eu possa pensar...pensar em como viver sem minha "mãe querida". Em como explicar para o Gabi que a nossa "mãe" foi para um lugar onde nem a escada do bombeiro alcança...
Por que você foi embora minha "mãe querida"? E me deixou aqui, sem você. Acho que também está na minha hora."
E foi assim, meu último suspiro naquela casa...
E até então, eu nunca havia pensado que pudesse ter outro lugar como esse sem pensar naquela perda tão incrível...
Mas eu descobri que posso...
Cheguei...para ficar.
E posso dividir com ela, onde ela estiver, as minhas jujubas.
Me sinto no meu lugar.
Esse mundo é nosso, minha "
mãe querida"!